Com a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS já programada para abril, cresce também a preocupação com um novo esquema que vem se espalhando pelo país: o Golpe do 13º. Disfarçados de atendentes do INSS ou de bancos parceiros, golpistas têm se aproveitado do momento para aplicar fraudes e enganar beneficiários, especialmente os mais velhos.
disfarçadas de benefício. (Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
A Serasa emitiu um alerta reforçando os riscos do Golpe do 13º, destacando que aposentados continuam sendo alvos preferenciais de criminosos. Os golpistas se aproveitam da expectativa pelo pagamento extra para roubar dados, aplicar empréstimos falsos ou até exigir taxas para liberar valores que, na verdade, não existem.
Golpe do 13º
A prática mais recorrente é o contato direto por telefone, e-mail, SMS ou mensagens de aplicativos. Fingindo ser representantes do INSS ou de bancos, os golpistas convencem as vítimas a fornecerem dados pessoais e bancários com promessas de desbloqueio de benefícios, atualização cadastral ou adiantamento do 13º.
Entre os principais golpes identificados pela Serasa, estão:
- Suspensão do benefício por dados desatualizados: o aposentado recebe uma ligação informando que seu benefício será bloqueado por falta de atualização cadastral. Em pânico, a vítima fornece informações como CPF, número do cartão do INSS e dados bancários, o suficiente para que fraudes sejam feitas em seu nome;
- Agendamento de perícia médica falsa: nesse golpe, o criminoso diz que precisa agendar uma perícia obrigatória e pede dados completos, como RG, CPF e até senhas. Essas informações são usadas para contratar serviços ou produtos financeiros no nome da vítima;
- Liberação de valores atrasados com taxa: criminosos dizem que há valores atrasados do INSS a serem pagos, mas que, para liberá-los, o aposentado precisa depositar uma taxa administrativa. O depósito vai diretamente para a conta do fraudador;
- Antecipação do 13º e contratação de consignado: o golpista oferece uma suposta antecipação do 13º salário, pedindo dados e cópias de documentos. O que acontece, na verdade, é que um empréstimo consignado é contratado em nome da vítima. O valor aparece na conta, mas com parcelas que serão descontadas automaticamente, com juros altos.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, traz detalhes de como se proteger dos golpes.
Como se proteger?
A Serasa e o próprio INSS reforçam que nenhum dado pessoal deve ser passado por telefone, mensagem ou e-mail. Todas as atualizações e solicitações legítimas são feitas exclusivamente pelo site Meu INSS ou pelo telefone 135.
Confira algumas orientações para se proteger:
- Mantenha os dados atualizados no Meu INSS, inclusive telefone e e-mail;
- Desconfie de mensagens, ligações ou e-mails pedindo informações pessoais;
- Não clique em links suspeitos. O número oficial de SMS do INSS é 280-41;
- Nunca compartilhe senhas ou documentos por WhatsApp ou redes sociais;
- Verifique sempre pelo app ou site oficial se há alguma convocação ou pendência.
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